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Sexta-feira, 11 de Julho de 2025

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É melhor tirar da tomada ou deixar ligado? Saiba o que fazer com eletrônicos

Entenda se vale mais a pena manter aparelhos conectados ou desligá-los após o uso. Veja orientações de especialistas sobre consumo de energia, segurança e durabilidade dos equipamentos

É melhor tirar da tomada ou deixar ligado? Saiba o que fazer com eletrônicos
Carregadores plugados sem uso continuam consumindo energia. Retirar da tomada evita desperdício — Foto: Reprodução/Freepik
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Desligar ou não desligar os aparelhos da tomada? A dúvida é comum entre quem busca economizar na conta de luz e proteger os dispositivos eletrônicos. Em meio a tantos mitos e práticas populares, é importante entender o que realmente faz diferença, tanto no bolso quanto na vida útil dos equipamentos. Afinal, será que manter tudo plugado traz riscos? Ou é exagero pensar nisso no dia a dia?

Especialistas apontam que a resposta depende do tipo de eletrônico, da frequência de uso e da estrutura elétrica da residência. Dispositivos como geladeiras, por exemplo, devem permanecer ligados continuamente. Já itens como micro-ondascarregadores e televisores podem consumir energia mesmo quando não estão em funcionamento, o que pode representar um custo extra no longo prazo. A seguir, o TechTudo separou o que dizem as recomendações técnicas e quais hábitos podem ajudar a otimizar o uso da energia sem comprometer a praticidade.

A maior parte dos eletrodomésticos e eletrônicos consome energia mesmo quando está desligada, mas ainda conectada à tomada. Esse fenômeno é conhecido como “consumo fantasma” ou “standby”. De acordo com a Popular Mechanics, o impacto desse consumo pode parecer pequeno individualmente, mas somado ao longo do mês e ao número de dispositivos na casa, pode pesar na conta.

Segundo especialistas, equipamentos como televisores, micro-ondas, consoles de videogame, aparelhos de som e carregadores de celular continuam puxando eletricidade enquanto estão conectados, ainda que não estejam em uso. Além disso, o consumo constante pode encurtar a vida útil de certos aparelhos, especialmente os mais sensíveis a variações de energia. Para economizar e preservar seus eletrônicos, o ideal é desligá-los da tomada quando não estiverem sendo usados, principalmente à noite ou em períodos prolongados de ausência.

 

Segurança também entra na equação

 

Outro ponto importante é a segurança. Manter equipamentos ligados pode representar um risco em situações de sobrecarga ou queda de energia, aumentando a chance de curtos-circuitos ou até incêndios domésticos. A recomendação da maioria dos técnicos é retirar da tomada itens que não precisam estar em funcionamento contínuo, especialmente durante tempestades ou quando a residência ficará vazia por muito tempo.

 

Segundo o site Trulia, essa prática também é indicada para aparelhos com componentes eletrônicos mais delicados, como computadores e roteadores. Utilizar filtros de linha com proteção contra surtos é uma boa alternativa para proteger equipamentos, mas, ainda assim, a retirada da tomada é considerada mais eficaz em casos extremos.

 

Quando vale a pena deixar ligado?

 

Apesar das vantagens de desligar certos dispositivos, há casos em que mantê-los conectados é necessário. A geladeira, por exemplo, precisa funcionar 24 horas por dia para manter os alimentos conservados. Outros aparelhos com sistemas automatizados ou que realizam atualizações em segundo plano, como smart TVs e assistentes virtuais, também podem exigir conexão constante para manter o bom desempenho.

Nesses casos, o mais indicado é verificar se o equipamento oferece modos de economia de energia ou configurações que reduzam o consumo quando não estiver em uso. Além disso, aparelhos modernos costumam ser mais eficientes e consumir menos energia em standby, o que ameniza os impactos desse tipo de consumo na conta de luz.

Micro-ondas ligados só para manter o relógio? Melhor desconectar e economizar. — Foto: Reprodução/Unsplash
Micro-ondas ligados só para manter o relógio? Melhor desconectar e economizar. — Foto: Reprodução/Unsplash

 

Quanto custa manter aparelhos no modo standby?

 

Vamos aos números que falam mais alto: o impacto real de deixar equipamentos conectados à tomada, mesmo quando não estão em uso. Para muitos brasileiros, isso ainda parece inofensivo, mas, somados, esses pequenos consumos silenciosos podem representar um aumento considerável na conta de luz ao fim do mês. Veja a seguir algumas informações do Sebrae.

O carregador de celular é um dos campeões de permanência nas tomadas. É comum deixá-lo dias a fio plugado na parede, mesmo sem o smartphone acoplado. O problema é que ele consome energia constantemente: cerca de 0,26 watts sem celular e até 5 watts quando o telefone já está carregado, mas ainda conectado. Agora imagine esse cenário multiplicado por dois, três ou mais carregadores em casa: o desperdício se torna significativo.

O micro-ondas é outro vilão do consumo silencioso. Ligado 24 horas por dia apenas para manter o visor aceso, ele gasta em média 5 watts em standby. Pode parecer pouco, mas se você o utiliza por alguns minutos por dia e o deixa ligado por semanas, o consumo desnecessário se acumula com facilidade.

 

Micro-ondas gasta em média 5 watts em standby — Foto: Reprodução/Freepik
Micro-ondas gasta em média 5 watts em standby — Foto: Reprodução/Freepik

Já os computadores de mesa merecem atenção redobrada. Mesmo em modo de descanso, podem consumir até 21 watts. E não para por aí: essa exposição constante à corrente elétrica também encurta a vida útil do equipamento, o que representa um custo a mais no médio prazo.

A cafeteira elétrica, tão presente na rotina matinal, entra na lista com um consumo mais modesto, cerca de 1 watt em standby. Ainda assim, o indicado é desligá-la completamente após o uso. O mesmo vale para telefones sem fio, muito usados em ambientes corporativos, com consumo médio de 3 watts enquanto estão apenas aguardando uma chamada.

 
Notebook pode consumir até 15 watts mesmo em modo de espera — Foto: Mariana Saguias/TechTudo
Notebook pode consumir até 15 watts mesmo em modo de espera — Foto: Mariana Saguias/TechTudo

Ao contrário do que muitos pensam, apenas fechar a tampa dos notebooks não é suficiente. O ideal é desligar o aparelho, já que ele pode consumir até 15 watts mesmo em modo de espera. O mesmo valor médio se aplica a aparelhos de som, que seguem puxando energia enquanto aguardam ser usados.

As televisões consomem, em média, 3 watts no modo standby, e esse valor aumenta se você tiver uma TV smart ou com sistema de atualização automática. O decodificador da TV por assinatura também entra na conta e deve ser desligado sempre que possível.

 

Entenda como calcular o consumo

 

Se quiser saber exatamente o quanto está gastando com esses aparelhos, o cálculo é simples:

 

  • Energia (kWh) = Potência (kW) × Tempo (h)

 

Lembre-se de converter a potência de watts para quilowatts (dividindo por 1.000) e usar o tempo total em horas. Depois, basta multiplicar o valor encontrado pelo preço do kWh cobrado pela sua concessionária.

Vamos a um exemplo prático: imagine um notebook que consome 15 W e fica ligado o dia inteiro no modo standby. Convertendo:

 

  • 15 W = 0,015 kW
  • 0,015 kW × 24 h = 0,36 kWh/dia

 

Com um valor médio de R$ 0,70 por kWh, isso representa R$ 0,25 por dia. Em um mês, o gasto seria de R$ 7,56, apenas para manter o aparelho ocioso, consumindo energia. Agora considere outros eletrônicos no mesmo padrão e você perceberá o quanto essa prática pode pesar no orçamento.

 

O que fazer na prática?

 

Para adotar hábitos mais conscientes, uma boa estratégia é mapear os principais eletrônicos usados em casa e analisar quais realmente precisam ficar ligados o tempo todo. Itens como cafeteiras, ventiladores, carregadores de celular e micro-ondas geralmente não têm motivo para permanecer conectados fora do uso. Instalar régua de energia com botão liga/desliga também facilita o controle de múltiplos dispositivos ao mesmo tempo.

Cafeteira não precisa ficar ligada o tempo todo — Foto: Reprodução/Nespresso
Cafeteira não precisa ficar ligada o tempo todo — Foto: Reprodução/Nespresso

Com pequenas mudanças, é possível aumentar a segurança da casa, prolongar a vida útil dos equipamentos e ainda reduzir o valor da conta de luz ao fim do mês. O mais importante é equilibrar conveniência e consciência, entendendo que nem tudo precisa estar sempre ligado e que desconectar pode ser uma escolha mais inteligente.

Com informações de Popular Mechanics, Sebrae e Trulia.

 

FONTE/CRÉDITOS: Por Marcos Vinícius Pereira, para o TechTudo
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