Notícias de Rosário Oeste e região

Segunda-feira, 09 de Dezembro de 2024

Política

Sindicato critica mudanças feitas pelo Ministério da Saúde na gestão de hospitais federais no Rio

Trabalhadores contestam “fatiamento” dos seis hospitais federais existentes no Rio de Janeiro; tema foi discutido em audiência pública na Câmara dos Deputados

Página1
Por Página1
Sindicato critica mudanças feitas pelo Ministério da Saúde na gestão de hospitais federais no Rio
Vinicius Loures/Câmara dos Deputados
Espaço para a comunicação de erros nesta postagem
Máximo 600 caracteres.
Vinicius Loures/Câmara dos Deputados
Christiane Neves cobrou responsabilização da ministra Nísia Trindade

Sindicalistas e outros participantes criticaram, durante audiência pública na Câmara dos Deputados nesta terça-feira (19), as iniciativas adotadas neste ano pelo Ministério da Saúde para a gestão dos hospitais federais no Rio de Janeiro.

O debate foi realizado pela Comissão de Legislação Participativa da Câmara, que apoiou uma sugestão apresentada pelo Sindicato dos Trabalhadores Federais em Seguridade e Seguro Social no Estado do Rio de Janeiro (Sindsprev-RJ).

A diretora do sindicato, Christiane Gerardo Neves, disse que o ministério busca um “fatiamento” da rede hospitalar no Rio, dividindo em blocos a administração das unidades, em prejuízo dos trabalhadores, dos serviços de saúde e da população.

Leia Também:

“A ministra da Saúde, Nísia Trindade, precisa ser chamada à responsabilidade para respeitar o Sistema Único de Saúde e a participação popular prevista na Constituição e em todas as leis orgânicas do SUS”, defendeu Christiane Neves.

Durante a reunião, os presidentes do Conselho Estadual de Saúde do Rio de Janeiro, Leonardo Legora, e do Conselho Municipal, Osvaldo Mendes, também criticaram as mudanças implementadas pela pasta.

O presidente da Comissão de Legislação Participativa, deputado Glauber Braga (Psol-RJ), disse ao final do debate que enviará documento ao Ministério da Saúde em apoio aos convidados, cobrando explicações sobre a rede hospitalar no Rio.

Estágio atual São seis os hospitais federais no Rio de Janeiro (Andaraí, Bonsucesso, Cardoso Fontes, de Ipanema, da Lagoa e dos Servidores do Estado). O Departamento de Gestão Hospitalar no Estado do Rio de Janeiro (DGH) responde pelas unidades.

Em julho, o Ministério da Saúde lançou o Plano de Reestruturação dos Hospitais Federais do Rio de Janeiro. A iniciativa prevê movimentação voluntária de pessoal e contratação de funcionários, reabertura de leitos e ampliação de serviços.

Vinicius Loures/Câmara dos Deputados
Glauber Braga: comissão vai pedir esclarecimentos ao Ministério da Saúde

O hospital de Bonsucesso foi assumido pelo Grupo Hospitalar Conceição (GHC), empresa pública do ministério. Em breve, o dos Servidores do Estado deverá ser unificado ao Hospital Universitário Gaffrée e Guinle, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

Além disso, uma portaria do ministério já repassou o hospital do Andaraí para a Prefeitura do Rio, que poderá assumir também o Cardoso Fontes e o de Ipanema. Por fim, a unidade da Lagoa seria destinada à Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

Servidores dos seis hospitais, em greve desde maio, criticam todas as mudanças e rechaçam o “fatiamento” da rede federal no Rio. Eles também apresentaram reivindicações salariais e pedem ajustes nas diferentes carreiras da saúde.

Ausências A ministra Nísia Trindade e a diretora do DGH, Teresa Navarro Vanucci, foram convidadas, mas não compareceram ao debate nesta terça. Em carta, a ministra lembrou à comissão já ter falado sobre esse e outros temas na Câmara, na semana passada.

“Vamos recuperar os hospitais federais do Rio de Janeiro, não só para que sejam centros de excelência, mas para que fiquem 100% integrados ao Sistema Único de Saúde”, disse Nísia Trindade na ocasião. “Hoje, 25% dos leitos estão fechados.”

> Leia notícias da cidade de Rosário Oeste - MT

FONTE/CRÉDITOS: Agência Câmara Notícias
Comentários: