Rosário Oeste acordou nesta semana com um vídeo circulando nas redes sociais feito por um cidadão: o prédio do Hospital Amparo, símbolo de um problema que se arrasta por anos — ou melhor, décadas —, exposto em toda sua decadência. Imagens mostram infiltrações, paredes descascando e uma estrutura completamente insalubre, incompatível com qualquer parâmetro mínimo de dignidade no atendimento à população.

E o que muitos moradores dizem é que ecoa nas  redes: não adianta remendo, o Hospital Amparo precisa ser substituído por uma nova unidade hospitalar! Reforma não resolve mais. A localização é inadequada, a estrutura é ultrapassada e o que deveria ser um local de cuidado virou símbolo de descaso e abandono.

Durante anos, o hospital foi palco de promessas e campanhas eleitoreiras. A cada ciclo eleitoral, surgia alguém com a fórmula mágica da “grande reforma” ou do “plano de reestruturação”, mas tudo não passava de discurso bonito pra enganar quem realmente depende do SUS. E agora, quando o problema explode nas redes, a pergunta que fica é: por que só agora isso está vindo à tona com força?

A população rosariense está cansada de ser enganada. De boas intenções esquecidas no fundo da gaveta. De gestões que se revezam no poder, mas que seguem o mesmo roteiro: muito marketing, pouca ação real.

E mais: é justo perguntar — será que esse caos todo se formou apenas nos últimos quatro meses do atual governo? Ou será que parte desse desastre é reflexo de anos e anos de má gestão? Quanto o hospital recebeu na gestão passada? Para onde foi essa verba? Porque, se tivesse sido bem aplicada, será que estaríamos vendo esse piso vermelho — símbolo da negligência — ainda ali, intacto no meio do abandono?

Chega de discursos oportunistas e promessas veladas. O povo de Rosário Oeste exige mais do que tapinhas nas costas e vídeos de última hora. Exige respeito, exige ação, exige dignidade. Que a voz do povo não seja mais sufocada como foi por tanto tempo. Que esse clamor sirva de ponto final nesse ciclo de fingimento. Porque saúde pública não é favor — é direito!

A hora de virar a página é agora. E a luta por um novo hospital precisa começar com a verdade.