Notícias de Rosário Oeste e região

Terça-feira, 10 de Dezembro de 2024

ROSÁRIO OESTE

Projeto do Governo de MT pode trazer perdas astronômicas para Rosário Oeste e demais cidades pequenas de MT.

Sob pressão dos municípios de MT o governo do Estado busca opção e a AMM quer repasse fundo a fundo. O Chefe da Casa Civil confirma estudo de medidas, mas diz que solução passa por aval do governador

Página1
Por Página1
Projeto do Governo de MT pode trazer perdas astronômicas para Rosário Oeste e demais cidades pequenas de MT.
Foto: Reprodução
Espaço para a comunicação de erros nesta postagem
Máximo 600 caracteres.

O governo de Mato Grosso deve enviar até dezembro um projeto de lei à Assembleia Legislativa para regulamentar o repasse de recursos, que atualmente são distribuídos aos municípios através do chamado Fethab Diesel,  que foi declarado inconstitucional em Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) e que deixa de vigorar no final deste ano. Conforme o  chefe da Casa Civil, Fabio Garcia (União Brasil), há algumas propostas de compensação, elaboradas pela equipe econômica, e que começam a ser debatidas com o governador Mauro Mendes (União Brasil), a quem cabe a palavra final.

A Associação Mato-Grossense dos Municípios (AMM), sob Leonardo Bortolin (MDB), pressiona por uma solução porque, com a extinção, se não houver nova regulamentação, os recursos serão fatiados seguindo as regras do ICMS. Com isso, na prática, 12 municípios  grandes  vão engordar a arrecadação, em contrapartida da perda para as outras cidades, sendo astronômicas para municípios pequenos como Araguainha, Rosário Oeste e Vale do São Domingos. 

Para se ter uma ideia, atualmente  Araguainha recebe R$ 1.037.410,24 e passaria a ter direito a apenas R$ 157.875,66, uma queda de 84,78% na arrecadação; já Rosário Oeste, atualmente, tem direito a R$ 3.344.239,68 e passaria a ter repasse de R$ 635.605,74, num recuo de 80,99%. Já o Vale do São Domingos teria um decréscimo de 82,90%, passando de R$ 1.426.657,75 para R$ 244.024,56.

Leia Também:

“Tem cidade  que perderá recursos  com mais de 3 mil km de malha viária não pavimentada”, ressalta o secretário executivo da AMM, Willian Moraes. Ele reforça que, por isso, é necessário buscar uma saída, evitando que a situação seja inviável para alguns casos.

Willian Moraes  ressalta que o governo se mostra sensível à situação e revela que a AMM trabalha para que seja formulada uma lei, que será votada pela Assembleia, para que os repasses sejam feitos fundo a fundo – o que vai manter a fluidez dos repasses. “A Sinfra vai fazer o repasse. A lei vai prever o repasse do fundo dos Transportes e cada cidade terá que criar o seu fundo municipal de transporte”, explica.

A Assembleia Legislativa e o Tribunal de Contas (TCE) também participam do debate da solução. A  Corte de Contas e AMM elaboram um relatório detalhado com as perdas de cada cidade. “Não haverá perca e nem ganho para ninguém”, frisa Willian sobre a saída defendida pela AMM e que teria respaldo da equipe econômica do governo. O secretário executivo da AMM explica que o valor a ser distribuído gira em torno de R$ 150 milhões, sendo que serão mantidas as mesmas regras do ICMS com a previsão das verbas vinculadas para saúde e educação.

O site RD News apurou que outras duas possibilidades são debatidas, mas que são tidas como complicadas de se por em prática. Uma delas seria fazer o repasse por meio de convênios, que são considerados burocráticos; outra seria por meio do Fethab Commodit, que é considerada uma solução paliativa uma vez que ele deve ser extinto em 2033 em razão das regras da reforma tributária.

“O FETHAB diesel era distribuído pelos municípios por um critério. O ICMS é distribuído para os municípios por outro critério. E, quando muda o critério, muda-se o volume de dinheiro que vai pra cada município. Então, alguns municípios perdem. E a gente está dialogando com aqueles municípios que vão perder para ver como é que a gente pode trabalhar para compensá-los”, garante o secretário-chefe da Casa Civil sem dar detalhes. Segundo ele, um formato ainda está sendo elaborado.

O presidente da Assembleia, Eduardo Botelho (União Brasil) ressalta que o governo se comprometeu em fazer uma relação das cidades que serão mais impactadas e de apresentar para Assembleia que deve auxiliar na busca por uma alternativa. 

> Leia notícias da cidade de Rosário Oeste - MT

FONTE/CRÉDITOS: Patricia Sanches – RD NEWS
Comentários: