Uma operação de grande porte realizada pelo Grupo Especial de Fronteira (Gefron) resultou na apreensão de 600 quilos de cloridrato de cocaína, avaliados em R$ 14,5 milhões, na Terra Indígena Pequizal, em Comodoro, a 638 km de Cuiabá. A ação, que durou dois dias, foi desencadeada após informações fornecidas pela Polícia Federal e pela Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), que apontavam a presença de membros de uma facção criminosa na área. Durante a abordagem, dois suspeitos foram baleados e mortos, enquanto outros seis fugiram para a mata.
De acordo com o relatório da operação, a ação começou após as forças de segurança receberem a informação de que uma aeronave carregada com entorpecentes estava pousada em uma região de difícil acesso dentro da reserva indígena. Ao chegarem ao local, os agentes da Gefron encontraram os criminosos descarregando a droga da comissão. Quando os suspeitos perceberam a aproximação policial, abriram fogo contra os militares, o que deu início a um confronto. Seis dos infratores conseguiram fugir para a mata, e dois foram encontrados feridos. A dupla foi encaminhada para atendimento médico, mas não resistiu e morreu ao chegar na unidade de saúde.
A compreensão incluiu 580 comprimidos de cloridrato de cocaína, pesando aproximadamente 600 quilos. Além da droga, a operação também foi investigada na apreensão de uma investigação, avaliada em R$ 3,5 milhões, utilizada no transporte dos entorpecentes. O total do prejuízo ao tráfico, considerando tanto a droga quanto a tripulação, é estimado em R$ 18 milhões. Cinco motocicletas e duas armas de fogo também foram confiscadas durante a operação. Todo o material apreendido foi encaminhado à Polícia Federal em Cáceres, responsável pela continuidade das investigações e desdobramentos do caso.
A operação faz parte de um esforço conduzido pela Secretaria de Estado de Segurança Pública de Mato Grosso (Sesp-MT) dentro da iniciativa Protetor das Fronteiras e Divisas, que tem como objetivo combater o tráfico de drogas e armas nas áreas fronteiriças do estado. A ação conta com o apoio de diversas instituições estaduais e federais, como o Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), o Exército Brasileiro, a Delegacia de Fronteira (Defron) e a Polícia Civil, que desenvolve com informações e suporte operacional para o sucesso da operação.
Este tipo de apreensão tem sido frequente nas operações integradas realizadas na região de fronteira de Mato Grosso, evidenciando o crescimento da atuação de facções criminosas em áreas de difícil acesso, como as terras indígenas. Segundo dados da Sesp-MT, nos últimos dois anos, as apreensões de drogas em áreas de fronteira têm se intensificado, e as operações conjuntas como o “Protetor das Fronteiras e Divisas” têm sido fundamentais para reduzir a atuação do crime organizado.
A Secretaria de Segurança Pública destaca que, além de enfraquecer financeiramente o tráfico de drogas, essas ações visam a proteção dos povos indígenas que vivem em áreas próximas às rotas de tráfico. Segundo as autoridades, a colaboração entre as forças de segurança e as comunidades indígenas tem sido um fator importante para o sucesso das operações, proporcionando uma troca de informações mais eficiente e o controle do território.
As buscas pelos criminosos que fugiram continuaram, e as forças de segurança seguem monitorando a região com apoio de aeronaves e equipes especializadas em operações de mata.
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