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Sexta-feira, 14 de Novembro de 2025

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Entender riscos e benefícios é o segredo da menopausa

Da nutrição às inovações científicas, diferentes estratégias ajudam a manter a qualidade de vida na menopausa

Página1
Por Página1
Entender riscos e benefícios é o segredo da menopausa
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Um estudo publicado no American Journal of Obstetrics & Gynecology revelou que o congelamento de tecido ovariano pode adiar a chegada da menopausa por mais de uma década e, em alguns casos, até 30 anos. A técnica, já usada para preservar a fertilidade de mulheres submetidas à quimioterapia, está sendo estudada como alternativa para retardar esse processo natural, que afeta, aproximadamente, 30 milhões de brasileiras, ou 7,9% da população feminina, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Novidades científicas como essa, embora ainda muito recentes e em fase de testes, abrem novas perspectivas para o acompanhamento da menopausa, uma fase ainda cercada de mitos e desinformação. “Não é a solução definitiva, mas o congelamento de tecido ovariano surge como uma ferramenta promissora. A ideia é ampliar o arsenal de intervenções capazes de melhorar a qualidade de vida das mulheres nessa fase”, explica o ginecologista Eduardo Motta, do Sírio-Libanês.

A menopausa costuma ocorrer entre os 45 e 55 anos e não acontece de forma brusca. “A transição ocorre de maneira lenta, à medida que a produção de hormônios diminui até não ser mais suficiente para manter a menstruação”, detalha Motta. Esse processo pode trazer desconfortos intensos como ondas de calor, alterações de humor e até zumbido no ouvido, mas também exige atenção para que sinais de outras doenças não passem despercebidos. “Não é porque a mulher tem mais de 40 anos e apresenta insônia ou fraqueza que isso, necessariamente, é menopausa”, alerta.

Entre os tratamentos disponíveis, o médico destaca que a reposição hormonal costuma ser eficaz, mas não serve para todas as mulheres, que devem ficar atentas e evitar o uso sem acompanhamento médico. “A reposição hormonal é um excelente tratamento e melhora muito os sintomas, mas tem limitações, contraindicações e deve ser indicada conforme o perfil de cada paciente”, afirma o especialista. “É importante esclarecer que nem tudo se resolve com hormônio, mas também não é verdade que ele sempre faz mal. O segredo é entender os riscos e benefícios para cada organismo”, explica Eduardo.

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Além da terapia hormonal, Motta ressalta que hábitos de vida saudáveis também desempenham papel decisivo nessa jornada. Atividade física regular, alimentação equilibrada, além da redução ou abandono do álcool e do tabaco ajudam a melhorar as condições gerais do organismo, além de preservar massa óssea e muscular. “O hormônio pode ajudar, mas não substitui um estilo de vida saudável”, reforça o especialista.

O médico traça, ainda, um paralelo com o uso das canetas emagrecedoras. “Os GLP1s são excelentes exemplos: ajudam no controle de diabetes, hipertensão, gordura no fígado e ainda melhoram a condição física. O problema é quando o uso passa a atender mais uma cobrança social do que uma necessidade individual. A partir desse momento, os efeitos colaterais podem superar os benefícios”, pondera.

No caso do congelamento de tecido ovariano, os resultados são animadores e mostram que para uma mulher de 25 anos que congela 25% do tecido, o adiamento médio da menopausa pode variar de 12 a 15 anos. Quando o material é reimplantado em etapas fracionadas, esse atraso pode chegar a até 30 anos.

Não existe, no entanto, uma fórmula única para atravessar essa fase. Cada corpo responde de forma diferente, e a combinação entre orientação médica, cuidados com o estilo de vida e tratamentos personalizados continua sendo o caminho mais seguro.

“A menopausa é uma transição para a serenidade. Não é o fim de um ciclo, mas o início de uma nova fase, em que a mulher pode e deve ter qualidade de vida”, conclui o especialista.

 



Website: https://hospitalsiriolibanes.org.br/imprensa/
FONTE/CRÉDITOS: DINO

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