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Sabado, 17 de Maio de 2025

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Doença de Gato avança em Cuiabá e acende alerta de saúde pública

Desde 2024, o Hospital Veterinário (Hovet) da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) confirmou nove ocorrências, sendo quatro somente nos primeiros meses de 2025

Doença de Gato avança em Cuiabá e acende alerta de saúde pública
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A cidade de Cuiabá começou a registrar um aumento preocupante nos casos de esporotricose, uma infecção fúngica que atinge principalmente gatos, mas que também pode ser transmitida aos humanos.

Desde 2024, o Hospital Veterinário (Hovet) da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) confirmou nove ocorrências, sendo quatro somente nos primeiros meses de 2025.

A doença, causada pelo fungo Sporothrix, já é tratada como problema de saúde pública em estados vizinhos como Mato Grosso do Sul e Paraná, e a tendência é de crescimento se medidas preventivas não forem adotadas com urgência.

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Segundo a professora de Medicina Veterinária da UFMT, Valéria Dutra, a esporotricose representa um risco real por ser uma zoonose – ou seja, uma doença que afeta tanto animais quanto humanos.

A contaminação mais comum ocorre por arranhaduras de gatos infectados, mas também pode acontecer por contato com superfícies ou plantas contaminadas.

Os sinais clínicos incluem feridas que não cicatrizam, ínguas e, em estágios mais avançados, comprometimento do sistema respiratório e de órgãos internos, podendo levar à morte.

O diagnóstico precoce é fundamental. No entanto, muitos casos são confundidos com outras doenças comuns na região, como a leishmaniose e a criptococose, o que dificulta o tratamento adequado e contribui para a propagação do fungo.

Valéria destaca a importância de buscar atendimento veterinário ao notar qualquer lesão persistente no animal e reforça que o tratamento existe, é feito com antifúngicos e pode ser eficaz, principalmente se iniciado nas fases iniciais.

A veterinária também alerta para o impacto do abandono de animais doentes.

"Temos um histórico preocupante de abandono. Muitos tutores, ao perceberem lesões nos gatos, preferem descartá-los em vez de procurar tratamento. Isso só agrava a situação e aumenta o risco de contaminação entre humanos", explica.

A esporotricose já causou surtos em estados como o Rio de Janeiro e se alastra pelo país. A situação em Mato Grosso exige vigilância, campanhas de conscientização e ação integrada entre serviços de saúde humana e veterinária.

Medidas simples como manter os gatos dentro de casa, castrá-los, usar luvas ao manusear animais com suspeita de infecção e higienizar bem as mãos podem fazer a diferença.

 

 

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FONTE/CRÉDITOS: FOLHA DO ESTADO
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