Na noite do último domingo (20), uma ocorrência de perturbação do sossego público terminou em tumulto, ameaças e desacato na Agrovila Bojuí, zona rural de Diamantino (MT). A confusão começou por volta das 20h30, quando a Polícia Militar foi acionada para atender uma denúncia de som alto em um bar local, envolvendo um veículo com carretinha equipada com aparelho de som.

Ao chegar no local, a guarnição constatou a veracidade dos fatos e encontrou cerca de 20 pessoas reunidas no estabelecimento. Durante a abordagem, uma mulher, cuja identidade não foi divulgada, resistiu às ordens policiais, recusando-se a colaborar com a revista pessoal. Ela passou a desacatar os militares com palavras de baixo calão, como "bando de policiais vagabundos" e "filhos da p***", além de gesticular de forma agressiva.

Mesmo após advertências verbais e orientações sobre as consequências da desobediência, a suspeita continuou resistindo, obrigando os policiais a utilizarem uma arma de choque (Taser) para contê-la. Ainda assim, ela resistiu à colocação das algemas, visando garantir a segurança de todos.

O proprietário do veículo e da carretinha de som, também foi conduzido à delegacia por perturbação do sossego público e poluição sonora. Ambos foram levados à sede da 9ª Companhia Independente da Polícia Militar (9ª CIPM) de Diamantino para a confecção do Boletim de Ocorrência.

Durante a elaboração do boletim, a mulher novamente passou a ofender os policiais aos gritos, chamando-os de "idiotas", "imbecis" e "frouxos". Em um momento de maior tensão, chegou a ameaçar os agentes, afirmando: "Vou matar quem me prendeu". Ainda, afirmou ser "estudada" e declarou que processaria os policiais.

A confusão não parou por aí: mesmo algemada, a suspeita começou a se mexer propositalmente, fazendo com que sua roupa caísse e expusesse seus seios. Quando a policial feminina tentou cobri-la, a mulher recusou o auxílio e ameaçou denunciar a guarnição ao Ministério Público. Além disso, ela se negou a fornecer seus dados de identificação.

A situação só se acalmou parcialmente após a chegada do advogado da suspeita, que acompanhou a continuidade da ocorrência. Tanto a mulher quanto o proprietário do veículo foram conduzidos, sem lesões corporais, para a Delegacia de Polícia Civil, onde ficaram à disposição da Justiça.

Um vídeo da ocorrência foi gravado e anexado ao boletim de ocorrência. A Polícia Militar contou com o apoio da guarnição de Alto Paraguai para a condução da situação.